sábado, 12 de abril de 2014

Fumódromo

Me perdoei por não conseguir me perdoar, me perdoei pelo meu desinteresse no desconhecido, o desconhecido que fez eu me conhecer ou apenas me trouxe mais dúvidas, mas certamente senti o meu pé no chão através de todas essas sensações que se empurram diretamente para o mais profundo do meu âmago, que por mais que adormeçam eu posso sentir que estão ali a cada som, a cada cheiro e cada toque.
Muitos me julgaram perguntando o porque do meu olhar ser assim, assim, desse jeito que você deve saber como é, eu não sei, mas também consigo ver a ausência alí.
Os corpos que dançam e as gargantas que pedem sempre mais, desgasta tanto o meu ser que acompanha sem saber o porque e sempre com a esperança de haver algo a mais.
Nunca tiveram nenhuma resposta minha, pois dessa forma até o amor me parece uma forma de egoísmo, eu não quero jogar, eu não quero entender e eu não quero participar da dúvida, eu só quero conseguir sentir.
Através dessa fumaça e do embaraço, encontro algo em meio ao cinza dentro de mim, mas eu não vou proferir, cabe a ti também sentir.

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